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09/10/2013 | 4 voto(s)

O Campeonato Mundial de Caratê, que será realizado esta semana na Itália, terá a participação de um pedaço do Sul de Santa Catarina. Dentre os 78 integrantes da delegação brasileira, oito deles são de Içara. Destaques no esporte que praticam, esses adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, viajaram ontem para Caorle, uma província de Veneza, na Itália, para tentar trazer para o estado e para a região as medalhas e o orgulho de estarem entre os melhores caratecas do mundo.

Segundo o professor e auxiliar técnico, Everaldo Inácio Pereira, o trabalho com o esporte das artes marciais começou há quatro anos, em Içara, como projeto social desenvolvido pela Prefeitura com o objetivo de promover a inclusão dos alunos e de dar uma opção de atividade extra para ocupar o tempo ocioso das crianças e adolescentes. "Hoje são 12 núcleos espalhados pelos bairros do município e um centro de referência. Com a quantidade vem a qualidade. Os alunos que se destacam nos bairros são encaminhados para esse centro de referência e viram atletas", explica Pereira.

Mais de 800 alunos no projeto

Atualmente, mais de 800 alunos de sete a 17 anos fazem parte do projeto e alguns deles já conquistaram feitos importantes. "Alguns foram para o Estadual, ganharam medalhas no Brasileiro, também no Pan-americano", conta. Para viajar para a Itália, foi preciso o auxílio do prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, e do deputado federal Ronaldo Benedet, que conseguiram o recurso via Governo Estadual para o custeio das despesas.

Pouco incentivo

De acordo com Pereira, o incentivo para esse tipo de esporte ainda é muito pequeno. "Conseguimos esse recurso pela Secretaria Estadual de Esporte, Cultura e Turismo e o pai de um dos meninos também ajudou, mas hoje nesse esporte ainda encontramos muitas barreiras", lamenta. Porém ele também destaca a evolução à que sua equipe chegou. "Somos de Içara, uma cidade tão pequena, e conseguimos chegar tão longe. Eles são crianças, mas já têm uma grande bagagem e com certeza vão representar bem a nossa região", afirma Pereira.

Para o técnico, a única dificuldade que os atletas podem enfrentar é com relação ao ambiente diferente de outro país. "Eles estão muito bem preparados, mas agora têm que aguentar o psicológico. Outro país, outra língua. Também tem a torcida gritando contra. Mas o mais difícil já passou e agora vamos focar na viagem e na competição", finaliza Pereira.

Fonte: ClicaTribuna.com
Textos: Bruna Borges - esporte@atribunanet.com
Içarenses são o Brasil no Mundial
(Fotos: Lucas Colombo e Divulgação)

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